Mão do Bem, é um projeto comunitário na favela Rocinha, no Rio de Janeiro, Brasil. Nosso objetivo é melhorar o bem-estar físico e mental das famílias e indivíduos que moram na Rocinha por meio de distribuições mensais de alimentos e educação sobre como plantar alimentos em casa, fazer compostagem, reciclar, cozinhar com jaca e oferecer oportunidades como cursos de como iniciar seu próprio negócio. Também realizamos rodas de conversa com convidadas, discutindo violência doméstica, enfrentamento da ansiedade e liderança feminina, entre outros temas.
Todos os nossos membros moram na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, a maior favela da América Latina. Estima-se algo entre 70.000 e 250.000 habitantes. Ninguém sabe ao certo, pois novas casas são constantemente construídas. A favela está repleta de desafios sociais, como condições sanitárias precárias, violência policial e tráfico de drogas, mas também uma comunidade próspera, uma favela relativamente segura, situada na Zona Sul do Rio, com muitas escolas, empresas e iniciativas sociais, como aulas de capoeira e dança para crianças.
A Mão do Bem é uma organização sem fins lucrativos que conta com doações privadas de todo o mundo e parceiros no Rio de Janeiro para fornecer alimentação e educação ao grupo.
A Mão do Bem foi fundada no início de 2020 como resposta às dificuldades enfrentadas pela comunidade durante a pandemia. Muitas pessoas na Rocinha perderam seus empregos e, para uma comunidade onde a maioria das pessoas vive de salário em salário, as dificuldades que enfrentaram foram graves. A Mão do Bem surgiu do desejo de vencer a fome e incentivar as pessoas a cultivarem seus próprios alimentos, criar um sistema de apoio e dar às pessoas a oportunidade de ter acesso a alimentos e educação de melhor qualidade na favela, na esperança de ver a favela prosperando a ponto de Mão do Bem não ser necessário. Ministramos aulas e workshops em diversas áreas e esperamos que isso gere sementes de inspiração em nossos membros, o que pode levar a um interesse crescente pelas áreas. Ministramos oficinas de como cultivar hortaliças em casa, fazer compostagem com materiais reciclados, cozinhar com jaca e orientamos como iniciar seu próprio negócio na área de gastronomia.
Durante a pandemia as cestas básicas continham um grande saco plástico com um mix de itens básicos de cozinha como arroz, feijão, macarrão, açúcar e café, nada fresco e nada verde, apenas os alimentos básicos. Porém, após o primeiro ano de distribuição, sentimos falta de vitaminas e nutrientes nos alimentos fornecidos, algo vital para permanecermos bem durante a pandemia. Assim, mudamos e melhoramos nossa contribuição adquirindo cestas de vegetais orgânicos de agricultores locais do Rio de Janeiro e de Minas Gerais que foram entregues às famílias da Mão do Bem. Apoiar os agricultores locais e melhorar a saúde na favela. Apresentamos as novas cestas de vegetais e frutas juntamente com uma aula sobre os nutrientes, seguida de uma aula de culinária com dois chefs franceses que deram ideias de como utilizar as cestas de alimentos orgânicos.
Durante o primeiro ano de pandemia e bloqueio no Rio, os fundadores da Mão do Bem, em conjunto com as ONGs Acorda Capoeira e Tropa Solidaria, distribuíram 1.500 cestas básicas nas favelas Rocinha, Belford Roxo, Pinga D´agua, Centro e Lapa, e 300 refeições para moradores de rua preparadas e entregues na Lapa, centro do Rio de Janeiro.